O autor deste livro tem uma visão no mínimo peculiar dos descobrimentos portugueses. Ele põe a hipótese de as descobertas portuguesas estarem relacionadas com o Santo Graal tentando buscar provas para comprovar a sua teoria. Algumas questões dão realmente que pensar. Eis os seus argumentos
1) Enquanto o Vaticano tentava reivindicar a posse dos mosteiros pertencentes aos templários portugueses, D. Dinis interveio a favor dos templários (ao contrario do que seria de esperar da parte do rei). As terras ficaram em nome do rei e este acabou por as entregar a uma nova ordem: a Ordem de Cristo (que seria a Ordem dos Templários com um novo nome). Porque o rei fez isso? A explicação do autor é que existia um acordo entre o rei e os extemplários: o rei oferecia protecção contra a igreja e estes financiavam as descobertas (lembremos a cruz templária nas embarcações portuguesas).
2) O historiador explica que seria muito difícil, do ponto de vista organizacional, Portugal conseguir fazer o empreendimento que fez, muito mais quando as nossas descobertas tiveram quase 100 anos de antecedência das maiores potências da Europa. Mesmo em tecnologia marítima estávamos muito mais avançados algo que é muito difícil para um país pequeno. O autor refere histórias em que alguns países pequenos contribuíram com naus e exploradores como presente para o nosso país, algo normal nas relações diplomatas, a questão é: o que é que lhes demos em troca? Não se sabe.
3) Existia na altura o mito da Etiópia que seria um país com castelos de ouro e rios de leite, um reino cristão rodeado por muçulmanos a precisar de ajuda. O facto é que a Etiópia existia mesmo e era realmente um reino cristão rodeado por muçulmanos. Actualmente sabe-se que foi para lá que muitos judeus fugiram quando Jerusalém caiu em mãos muçulmanas (fica situada a sul do Egipto perto do corno de Africa). O autor questiona se não seria este o verdadeiro objectivo dos portugueses. Sabe-se que quando Vasco da Gama chegou ao corno de africa teve ajudas de marinheiros que o levaram directamente á Índia.
4) O nome de Portugal proveio de Portucale o nome arcaico para a cidade de Vila Nova de Gaia. O autor questiona se não será Portus Grall (ou algo parecido que eu não me lembro agora).
5) Existem cartas que referem que quando os portugueses descobriram o Brasil algo de grande importância ia a bordo. No entanto nunca referem exactamente o quê usando símbolos como a “pomba” ou o “ramo de oliveira”.
Bem a duvida fica no ar. É mais um mito que se cria.
P.S: Não vale a pena compara o livro, o essencial esta aqui